Respondendo aos preceitos de Emilie, buscamos uma educação transformadora por meio da qual o(a) aluno(a) possa ampliar o conhecimento sobre ele(a) mesmo(a), sobre o seu semelhante, sobre o mundo e sobre o transcendente, priorizando assim, uma formação ampla, construída através do diálogo e da reflexão constantes, que contemple o belo e o sensível e não somente a mera formalização do saber.
Além do nosso referencial maior provindo da nossa Fundadora, e, enquanto instituições educativas, portanto inseridas na dinâmica da sociedade hodierna, tomamos outros referenciais, refletindo e assimilando naquilo com que nos identificamos. Sendo assim trabalhamos para que existam em nossas escolas:
I. A vitalidade que propicia renovação constante em busca da qualidade;
II. A sensibilidade que percebe os mais delicados sentimentos;
III. A ternura que acolhe amorosamente todas as pessoas;
IV. A sabedoria que revela o caminho da verdade;
V. a firmeza que rejeita o que é contra a vida, para nos tornarmos pessoas independentes e livres, capazes de ouvir a voz da vida e com ela aprender o segredo de aprender.
"Ainda que seja mínimo o tempo de permanência de uma pessoa entre nós, queremos que ela conheça a alegria da descoberta, o valor da crítica consequente, o poder da ação, criando condições para que se construa, com corações livres de ódios e ressentimentos, uma sociedade fundada na liberdade, na justiça e na solidariedade." Por pressuposto, seguimos a proposta da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (LEI N º 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996), entendendo a importância das oito características do trabalhador do século XXI promulgadas pela UNESCO.
EFETIVAÇÃO DA PRÁTICA EDUCATIVA
O QUE APRENDER
O "saber ser" fecunda a pulsão empreendedora;
O "saber fazer", específico e individual, dirige-se à formulação do sonho e ao que é necessário para a sua realização: recursos, competências, conhecimentos;
O "saber conviver" significa a capacidade de gerar rede de relações como suporte à busca de realização do sonho;
O "saber conhecer" é o conhecimento sobre o sonho e seu ambiente. A concretização desse ideal depende de um processo educativo que vise a inclusão do outro, interagindo com aqueles que apresentam necessidades especiais, valorizando um aprendizado significativo, construído a partir da atuação não só do(a) educador(a) - mediador(a) do grupo, consciente de sua prática e de sua responsabilidade - mas sobretudo do(a) educando(a), que deve participar desse processo também como agente catalizador destes esforços.
CONCEPÇÃO DE METODOLOGIA
ADOTANDO TEORIAS DA APRENDIZAGEM E UMA METODOLOGIA
"Que teoria de aprendizagem melhor se adequa ao desenvolvimento do perfil de pessoa que nos propomos a formar?" "Que metodologia será a mais eficaz?" As hipóteses são variadas, mas a escolha não é tão livre, pois será balizada pela filosofia educacional definida dentro da luz do carisma, deixado por Emilie de Villeneuve". Vejamos algumas opções que apoiam o processo: Acreditamos que o conhecimento é um processo ativo que consiste numa interação significativa entre aquele que conhece e o objeto a ser conhecido, processo que transforma ambos. O ser humano nos faz ver que nem tudo que se quer ensinar é aprendido, pelo menos nas proporções desejadas, não porque seja mal ensinado, mas porque a relação ensino-aprendizagem, sendo hipercomplexa, só acontece se houver o que Maturana e Varela chamaram de acoplamento estrutural entre sistemas. Portanto, é preciso haver congruência ou compatibilidade entre o sujeito da aprendizagem e o sujeito do ensino, como sistemas autônomos, ambos interagindo com outros sistemas (escola, família, sociedade, etc.), com suas possibilidades de abertura, mas, ao mesmo tempo, com suas necessidades de preservação, integridade e deveres de cada uma. Assim, a relação ensino-aprendizagem só é efetiva quando é fruto da compatibilidade de objetivos, emoções, conteúdos e projetos compartilhados por professores(as) e alunos(as). É preciso, portanto, conhecimento mútuo entre os participantes do processo educacional, diálogo, desenvolvimento da confiança e o estabelecimento de compromissos compartilhados, condições básicas para que os sistemas, considerados a partir da complexidade, construam estratégias de comunicação, para, enfim, ter-se mais chance de acontecer o acoplamento estrutural mencionado (GIUSTA, 2003). As equipes pedagógicas das três escolas na função de educadores ganham, assim, maior relevo, embasados nos pressupostos das teorias de aprendizagem como orientação de nosso trabalho:
FUNÇÃO SOCIAL DA AVALIAÇÃO: POR QUE AVALIAR? PARA QUE AVALIAR?O QUE AVALIAR? COMO AVALIAR? E QUANDO AVALIAR?
1. O conhecimento construído pelo sujeito que aprende é intangível, incomensurável e imponderável, não podendo ser alcançado diretamente.
2. Avaliar a aprendizagem é um processo que permite obter indicadores sobre a possível construção de conhecimento pelo aluno.
3. Os indicadores obtidos serão sempre interpretados pelo professor, o que significa que a avaliação terá sempre um componente de subjetividade.
4. Toda avaliação poderá ser classificatória, devendo, porém, ir além de uma simples classificação, estabelecendo uma visão holística dos resultados.
5. A avaliação da aprendizagem dos alunos deve permitir ao professor avaliar seu processo de ensino e redirecioná-lo na elaboração de estratégias e localização de aplicação de novos métodos de aprendizagem. Avaliar a aprendizagem é um processo amplo, que permite verificar a dimensão de educação integral do aluno.