O Colégio Notre Dame de Lourdes realizou uma confraternização do Dia das Crianças no bairro Terra Prometida neste último domingo (25.10) com a participação de coordenadores, professores, pais e alunos. Foi um momento de grande alegria e comunhão, mais uma ação junto àquela comunidade formada na sua maioria por famílias de refugiados haitianos.
“Neste segundo semestre, à luz do Pacto Educativo Global, documento que o Papa Francisco apresenta a todas as escolas católicas do mundo, e à luz do nosso carisma, da espiritualidade, dos legados deixados por Santa Emilie de Villeneuve, sentimos um apelo para abraçarmos os nossos irmãos haitianos refugiados em Cuiabá”, contextualiza a diretora da instituição, Irmã Marluce Almeida.
A diretora explica que a dinâmica para esta manhã dedicada às crianças foi organizada pelos nossos alunos. Eles mobilizaram a comunidade educativa, vendendo “Docinhos Prometidos” durante o recreio para arrecadar fundos para que fosse possível realizar o Dia das Crianças no Terra Prometida.
Também houve participação das famílias, que enviaram muitas doações e, assim, antes de da despedida, cada criança ganhou uma sacola contendo uma caixa de bombom, um pacote generoso de bolacha e um pacote de milho de pipoca.
“O mais importante foi estar em contato, em comunhão, e sentir o coração arder de alegria, de gratidão à Deus pela oportunidade de servir os nossos irmãos que necessitam de nós. Entretanto nós também necessitamos deles, porque eles nos permitem sermos melhores, mais agradáveis aos olhos de Deus, através da generosidade, dos vínculos que nos unem como irmãos, filhos de um mesmo Deus”, observa Irmã Marluce.
Luciana A. Amorim Calejjas, mãe de Isabela Amorim Callejas e Carolina Amorim Callejas, do 1º e 3º Ano Ensino Médio respectivamente, conta que o convite inicial para participar da ação pastoral missionária do Colégio Notre Dame junto às famílias haitianas no Bairro Terra Prometida foi feito por suas filhas. “E com muita alegria no coração eu abracei a ideia”.
A mãe de Isabela e Carolina relata que desde a primeira visita ocorrida no mês de setembro, as experiências têm sido enriquecedoras e gratificantes para a sua família. “Podermos vivenciar momentos de comunhão e confraternização com irmãos mais necessitados certamente nos faz pessoas melhores. Ganhamos mais do que doamos. É emocionante participar e ver de perto a comunidade educativa da escola envolvida nesse lindo projeto, exercitando a empatia, gratidão e amor ao próximo. Parabenizo à direção, professores, pais e alunos do Colégio Notre Dame de Lourdes pelo lindo evento. Juntos podemos fazer a diferença em nossa sociedade”.
Denise Barbieri Paro, mãe da Nicole e do Gustavo, do 1º Ano do Ensino Médio, vê a ação do Colégio Notre Dame de Lourdes como uma grande forma de oferecer alívio, segurança e esperança a essas pessoas que foram forçadas a se deslocarem para o Brasil e deixar tudo para trás. “A decisão de participar é o pouco que podemos fazer para demonstrar compaixão, empatia, gentileza e compreensão e mostrar a meus filhos o quanto o pouco que podemos fazer impacta na vida dessas pessoas”.
Daniela e as filhas Ana Tereza e Lavinia, alunas do Notre Dame, felizes após participarem da ação no Terra Prometida.
Daniela Aguiar Caldeira Lima, mãe de Ana Tereza, do 9º Ano, e Lavinia, do4º Ano, agradece a equipe do Colégio Notre Dame por proporcionar momentos especiais de missão e de ação, como foi a visita ao bairro Terra Prometida. “Experiência de muita riqueza espiritual, de muito aprendizado e sobretudo de muita alegria em poder proporcionar sorrisos para as famílias, especialmente para as crianças! Sempre digo que o Colégio Notre Dame é muito mais do que português, matemática, ciências... O colégio nos ensina a viver melhor, olhando para a nossa comunidade com um olhar mais fraterno e solidário! E isso não tem preço. Voltamos para casa com o coração cheio de amor e gratidão!”
Mariela Fortunato Molina, mãe de Valentina Fortunato Molina, do 8º Ano, e de Nicole Fortunato Molina, do 5º Ano, ficou sabendo desse evento por meio da cunhada Marina, que já havia participado em outras ocasiões, e se propôs a participar. Achei uma ação muito gratificante, fantástica, e uma experiência de vida que temos que compartilhar cada vez mais com nossos filhos, mostrando uma realidade que eles desconhecem no dia a dia, mas que aprendam o exercício de doação e respeito para com os outros. Já com gostinho de quero mais.”
Eliane e sua filha, aluna do Notre Dame, participam sempre que podem de trabalhos voluntários, como essa ação do Dia das Crianças no Terra Prometida. “Quanto à experiência, sempre busco refletir sobre o nosso próximo e fazer crescer como ser humano. Como a Irmã Marluce sempre fala, nós estamos doando, mas na realidade quem mais está recebendo graças somos nós, na busca da humildade, caridade e esperança sempre! E hoje para certas pessoas doar o dinheiro as vezes é fácil, mas estar juntos com às famílias nos faz melhor em todos os sentidos!”
A Irmã Marluce agradece a todos os alunos que se comprometeram, que vivenciaram esse protagonismo de organizar com muito carinho, com muita dedicação, a festa para as crianças do bairro Terra Prometida. Agradece a todos os pais, que não mediram esforços, que enviaram doações, àqueles que no domingo cedo estavam na escola auxiliando nas preparações dos últimos detalhes, e também agradece os professores voluntários, a equipe de coordenação desse trabalho, ao coordenador da Pastoral, professor Daniel Ferreira, e a toda a equipe de coordenação do colégio.
“Estamos muito felizes porque vivenciamos tudo isso por amor e com amor, e agradecer a todos por se colocarem a serviço com amor a serviço dos mais necessitados. Queremos dar continuidade a essa ação, porque compreendemos que nossa comunidade educativa não é um gueto isolado, mas ela pertence a um bairro, pertence a uma cidade. E nós podemos ir ao encontro de outros e outras para podermos servir e levar a dignidade de sermos filos e filhas de Deus, e isso revigora as nossas almas e nos permite também abraçar o próprio Deus presente em cada rosto, em cada olhar, em cada sorriso que encontramos”, completa Irmã Marluce Almeida.
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