Márcia Hipólide palestra sobre 'Habilidades emocionais à luz da BNCC'

30 de Janeiro 2019

Nesta quarta-feira (30), segundo dia da semana pedagógica promovida pelo Colégio Notre Dame de Lourdes, os profissionais da Educação da instituição assistiram palestra com assessora pedagógica Márcia Hipólide, de São Paulo, sobre “Habilidades emocionais à luz da BNCC”, que é a Base Nacional Comum Curricular.

Márcia Hipólide atua na área de educação na produção de materiais e conteúdos didáticos para o Educação Básica, assessoria pedagógica em formação continuada de professores com base na aprendizagem que integra habilidades cognitivas, comunicativas e socioemocionais e é autora de coleções didáticas aprovadas no PNLD desde 2013 na área de História e 2019 História e Projetos Integradores.

“A BNCC editada em 2017 veio para que as escolas revisitem os seus currículos a partir desse documento que não tem como característica apenas indicar conteúdos para as escolas. Ele tem como preocupação fundamental que o professor trabalhe a partir de agora com habilidade e competência e ao mesmo tempo entenda que aprendizagem no século 21 se caracteriza pela integração de habilidades”, explicou a especialista, referindo-se às habilidades cognitivas, sócioemocionais e habilidades comunicativas.

Márcia Hipólide observou que veio até o Notre Dame, a convite da Diretoria, também para dizer qual é o seu entendimento a respeito dessas habilidades sócioemocionais no processo de aprendizagem, que são cinco e, segundo ela, estão relacionadas ao equilíbrio emocional que os alunos precisam ter no processo de aprendizagem e como esse equilíbrio se dá por meio de várias aprendizagens e não de uma só.

“Então, está relacionado a convivência ao senso de responsabilidade diante dele e do outro, a ideia de colaboração, de solidariedade, e tudo isso sem discurso, mas sentindo na prática, o aluno vivenciando o quanto é importante ele ter muita noção dele e da importância dele dentro de grupo e dos elementos do grupo para ele”.

A assessora pedagógica defendeu que a partir do momento que o professor consegue entender que habilidade e competência não se reúnem apenas a conteúdos ligados ao conhecimento científico e que ele tem que ampliar isso, ele vai perceber que o processo de aprendizagem acaba tendo um pouco mais de significado não só para o trabalho do profissional da Educação, mas também para o aluno.

“Isso porque o aluno entra em contato com situações em ele tem que decidir, ouvir, colaborar, tem que entender que a verdade dele não pode prevalecer, onde diálogo é a base de todo processo. A partir de um problema dado em qualquer área do conhecimento ele tem que ter todos esses elementos para poder garantir a sua aprendizagem”.

E essa proposta de preparar o aluno para a vida agora está sendo possível de uma maneira muito mais objetiva e prática com indicativos que podem ser avaliados pelos professores e isso, explica Márcia Hipólide, contribui muito com o trabalho do professor.

“Hoje, com essa concepção de aprendizagem que está relacionada a formação integral do aluno, que é assim que a BNCC chama, o professor fica mais confortável porque ele tem indicativos concretos. Ele não fica navegando num mar de abstrações”.

Quanto à necessidade do profissional da Educação estar em constante processo de atualização, a assessora pedagógica disse ver que esta é exatamente uma preocupação do Colégio Notre Dame de Lourdes.

“É uma instituição que olha para o profissional que está dentro da sala de aula, respeitando toda a bagagem que ele traz na sua formação, mas dizendo a ele que toda essa bagagem, como em qualquer profissão, precisa ser sempre atualizada e isso é um diferencial na escola, porque nem todas pensam dessa forma. E eu percebo que essa ideia de atualização é realizada ao longo do ano no Notre Dame e não apenas no início do ano letivo, como acontece em muitas instituições de ensino de todo o país”.

Para finalizar, Márcia Hipólide destacou o grande desafio do professor no desenvolvimento das habilidades sócioemocionais no processo de aprendizagem. “O aluno se motivar para aprender num mundo onde ele pode supostamente aprender um monte de coisas sem nenhum significado real para o desenvolvimento humano dele, eu acredito que seja o grande desafio do professor no Brasil. É entrar em uma sala de aula e desenvolver um trabalho onde os alunos estejam motivados para aprender”.

 

 

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